Bonequinha de Cimento

Bonequinha de Cimento

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A gente se ajeita numa cama pequena, te faço poema e te cubro de amor.

Se eu tivesse como medir o tamanho da minha saudade eu não mediria, pra não me assustar entende? desconfio que ela seja do tamanho de uma tsunami, pois quando me pega, leva tudo q eu consegui construir sem dó nem piedade, e quando passa. não me resta mais nada. aliás acho que ela nunca passa.

O fato é que levantar da cama é dificil, se vestir é mais ainda. sobretudo porque eu queria aquele frio congelante que te dá uma desculpa pra não levantar-se. mas por aqui parece que o sol insiste em me afrontar.

As sextas feiras que antes mesmo quando davam errado, acertavam. Hoje são de tortura dentro de casa, sem a menor perspectiva ou vontade de sair. Aliás, já nem sei mais qual o significado da palavra vontade. liguei o piloto automático e simplesmente funciono. Porque se eu parar pra pensar eu saio correndo. fujo. me jogo no mar.

Não me adapto, não quero me adaptar a tudo aquilo que não gosto e nem concordo. prefiro ser um peixe fora d'água à nadar num mar de podridão. Talvez esteja sendo visceral demais. mas não é isso que me define? a Intensidade com que vivo todos os momentos?
Quem disse que temos que ter um letreiro luminoso escrito "sou feliz" na testa o tempo todo aceso?
Aqui parece que todos são bonitos de mais, fashion de mais, ricos de mais. O que só me traduz que são vazios de mais tbm. Não digo verdades absolutas e nem tenho o intuito de agredir ninguém. apenas não me sinto confotável em quase nenhuma situção. exceto quando durmo e sonho.
Sonho muito. Talvez tudo se ajeite, minha cama não é pequena, eu não sei falar poema e tampouco busco um amor. mas quem sabe o que o futuro reserva. se me fez ir e voltar, porque não dar um novo 360° e voar?

mas não vou tornar a pensar no tamanho da minha saudade. porque o vazio não se mede. e se deus fosse justo, não permitira que alguém o sentisse.

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