Bonequinha de Cimento

Bonequinha de Cimento

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sobre como meu tornei uma crítica compulsiva.

Em recentes conversar com meus amigos, uma pulga surgiu por detrás de minha orelha, serei eu um ser tão crítico assim??

a resposta é obviamente afirmativa. heheh


Meu Deus como eu gosto de criticar! e digo mais, é delicioso!


Não é soberba, ou uma maneira de estar sempre certa, não de forma alguma. É apenas um espírito contestador que tenho vivendo dentro de mim. Simplesmente não consigo passar por alguma coisa sem analisá-la. Enfim não dá pra ser superficial em relação a determinadas situações. e nessa densidade toda é que nascem as críticas.


Entenda, criticar é bom. Se uma pessoa é observadora o bastante , para encontrar defeito naquilo que mais ninguém percebeu, ou que nem sequer teve a vontade de prestar atenção, ela tem o dom de criticar. Não digo crítica, como colocar defeitos em tudo, digo no sentido de notar detalhes, peculiaridades, observações, que outros nao notam. Assim você se destaca. Talvez para o mau. como eu. hehehe


Na verdade o que eu quero dizer, é que quando prestamos atenção as coisas a nossa volta, passamos a ter opiniões sobre elas e assim tentamos saber mais, conhecer mais e entender mais, para fundamentar nossas preferências. Assim surgem as críticas. Logo, opinar ou até mesmo criticar, não é uma coisa ruim. É sinal de que alguém se importa.


Não quero me tornar uma pessoa chata, que só reclama, tento ao máximo fugir disso, e confesso que esse medo me acompanha sempre. Mas acredito sinceramente que se prestar atenção em um determinado assunto ao ponto de se fazer pensar e opinar sobre este, se tornasse uma tendêcia, teríamos, com certeza, conversas mais produtivas. Tá faltando gente que pensa nesse mundo. E não interessa no quê. simplesmente usar a cabeça já seria novidade em muitos círculos sociais.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dreams be dreams

Merilyn Monroe colocava uma cláusula em seus constratos que lhe garantia que não trabalhasse durante seu período menstrual. Por essas e por outras que eu amo essa mulher!

Deveríamos também ficar em casa quando nossa auto estima fica lá no dedão do pé. Tanta coisa que deveria ser mas não é. Tantas coisas que ninguém parece se importar. Tantas vezes que nos sentimos invisíveis, transparentes, substituíveis. São tantos "tantas", que me perco dentro delas.

Quanto mais eu busco a superficialidade mais afundo na névoa densa que toma conta dos meus pensamentos. Na maioria dos dias eu quero mudar o mundo, consertar o que me parece errado, Sem antes perceber que o que me parece errado, talvez não seja para o resto do mundo. Tem dias em que é muito difícil levantar da cama e perceber que é apenas mais um dia, perceber que o mês ainda não passou e os seis anos restantes ainda continuam restantes, aí esperando para serem conquistados, vividos.

Acho que é essa ansiedade que tá me consumindo. Há quem diga que ela é fruto dos fasts foods, prefiro acreditar que ela é fruto das diversar vezes que mudei de opinião, faculdade, cidade, paixão.
Existe sempre uma época do ano que me sinto perdida, sem objetivo, meta ou chão.
São só os hormonios você vai dizer, mas é tão devastadora a ideia de viver a esmo, que a impressão que dá é que o tempo vai parar, ficar congelado, repetindo as mesmas cenas constantesmente até eu enlouquecer.
Isso pode ser também paixão não correspondida, falta de compras, de balada ou bebidas. Talvez eu precise apenas de um abraço, demorado, quentinho. Ou talvez eu só preciso de uma cláusula no meu contrato que diga que durante a tpm eu posso ficar em casa, na minha cama tapada com o edredon até a auto estima voltar. Talvez eu ainda esteja esperando algo surpreendente acontecer.

"She's just waiting for the summertime, when the weathers fine"
Jack Johnson.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Eu sei que ainda não é 23 de setembro




Você já foi capaz de fechar os olhos e escutar a voz de alguém? pois comigo acabou de acontecer isso, e sinceramente é uma sensação muito estranha. mas não é sobre isso que quero falar. não tenho pretensão de versar acerca de algo tão intimo. Prefiro manter minhas confusões dentro de mim. muito mais digno.


Quero falar da primavera, das flores que se abriram no meu jardim, do sol que me esquenta e da necessidade urgente em encontrar palavras pra descrever essa estranheza que nos acomete quando os dias começam a se tornar mais longos.


O engraçado é que eu nunca consegui escolher, não sei dizer do que gosto mais, se do inverno ou do verão, mas com certeza eu gosto é da mudança de estação. Aquele dia em que voçê nota que o dia terminou mais rapido, ou se estendeu até o jornal nacional. Não tem sensação melhor do que notar que um ciclo se fechou, que alguma coisa nova está no ar. Sentir que mudanças são necessárias, morrer para nascer mais forte.

Pode parecer estranho, mas eu adoro mudança, quando um mês termina e o outro começa, usar um shampoo novo, uma novela começando. Parece que dali pra frente pronto, posso começar o regime, posso pentear o cabelo pro lado contrário, posso ser uma nova pessoa. o mais excêntrico talvez seja o fato de eu não precisar de grandes mudanças, o simples fato de abrir a janela e ver uma flor se abrindo, já me faz mudar um pensamento.

Melhor aproveitarmos o início da primavera, para junto com ela nascermos de novo, mudar hábitos, rotinas, encontrar uma nova meta, um novo perfume, um nova companhia, uma música nova. Ainda não decidi o que de novo eu incluirei na minha vida, mas já tracei o que de velho eu quero excluir.
E isso é muito bom pra gente entender que uma flor tem que morrer pra outra mais viçosa florecer em seu lugar. Pode ser que agora seja hora de deixarmos novas flores tomarem o lugar dos velhos espinhos.


Para os cristãos, a Páscoa é o simbolo da ressurreição, da vida nova, representada pelo ovo. Para mim, humildemente o desabrochar de uma flor, já basta para tal reflexão.


Gosto do que é simples, do que é natural, cíclico e tradicional. bem clichê assim. Bem vinda Primavera, antecipei uns dias por que sou ansiosa de mais pra te esperar tanto assim.

E já que tá tudo bem manjado mesmo, vo apelar pro Leoni.

Temporada das flores.

"Que saudade, agora me aguardem,
chegaram as tardes de sol a pino.

Pelas ruas, flores e amigos

me encontram vestindo meu melhor sorriso."
(...)


"me espera amor que to voltando
depois do inverno a vida em cores

me espera amor, nossa temporada das flores"



Ps: acabei de tirar aquela foto das flores que se abriram ontem aqui no jardim.

sábado, 10 de setembro de 2011

Bem vindo.

Bom agora que parece que blog já saiu de moda por aqui, posso voltar a ter o meu.
E tendo em vista a recorrência do tema, me senti tentada a escrever novamente. Talvez não acerca dos conteúdos depressivos de outrora, é bem verdade que já consegui me livrar daquela tristeza toda. Apenas discorrer sobre a vida já me faz satisfeita no momento.
E como é interessante ver que a partir do memento em que eu senti a necessidade de ter um objetivo de vida, eu o busquei e por conseguinte, o encontrei.

A meta que me faz correr ou caminhar, aquela que me faz criticar, descontruir e buscar, aquela motivação que me faz esperar o próximo dia, mês, ano.. é dessa meta que sinto orgulho por enquanto. é notório que ainda não a alcancei, falta bastante feijão nessa minha caminhada, mas já me sinto bem resolvida apenas por tê-la estabelecido.
Critérios, ah os critérios!
É tão dificil establecê-los quando se tem 20 e poucos anos. Mas eles foram importantíssimos nas minhas recentes escolhas. não serei hipócrita em dizer que não me arrependo, algumas vezes a saudade do litoral tão efêremo pesa, afinal faz parte de mim. Não posso ir pro interior e dizer que nunca fui nativa da praia. Aliás, hoje em dia nem quero isso. Sinto orgulho de onde eu sou e talvez por isso possa criticar com tanta ferocidade aquilo tudo que não me parecia correto.
Fazendo um balanço, uma análise, me descobri muito mais calma, talves madura, mas sobretudo objetiva. Já sei o que eu quero, agora só me resta esperar o tempo correndo me ajudar a realizar tudo que tracei, ou pelo menos me proteger de não voltar áquele nada, aguniante, triste, que em outras épocas tão bem defini.

Se escrever é terapia, me sinto quase em êxtase por versar poucas palavras sobre mim. não quero ser egocêntrica, mas me pareceu estranho ler tantas coisas e não refletir sobre eu mesma. e se posso ser sincera, me acho interessantíssima. oras, e quem não se "auto" acha?