Bonequinha de Cimento

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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Tell me, am I glamorous?

Eu ando pensando muito sobre exposição, e a necessidade desta. Quer dizer, eu tenho um blog, twitter, facebook, e qualquer outra coisa nova que surja a gente vai aderindo, mas qual a necessidade delas?
Eu tenho minha teoria, atenção.
No fundo nós estamos todos falando sozinhos! Eu falo sozinha, comigo mesma e publico esperando que alguém que também estava falando sozinho, me responda. É uma confusão de egos e induvíduos loucos por atenção, mas impedidos pela convenção social de pedi-la de um modo mais direto. Pedimos atenção despretensiosamente, assim se alguém a nos dedicar, ficamos lisonjeados, e fazemos aquela cara de criança feliz quando ganha presente e é obrigada pela mãe a responder : "não precisava". Ora, mas é claro que precisava! Do contrário, para que mesmo eu me exporia ao julgamento alheio, se não para ser aprovada? Ninguém dá a cara a tapa por acreditar que vai realmente receber um tapa, ele se arrisca porque acredita que receberá um carinho. E assim a popularidade chega, não sei se ela é boa ou ruim, mas o fato é que expomos nossas vidas, nossas ideias, esperando sim, que alguém preste atenção nelas. As vezes quase suplicando que alguém em especial divida a sua vida com a nossa, ou simplesmente e subliminarmente pedimos ajuda.
Ainda não consegui me deicidir em qual assertiva me encaixo, mas como qualquer ser neste mundo, que busca um motivo para sua existência, eu preciso também de atenção.. Até cogitei a possibilidade de cancelar algumas das minhas páginas de relacionamento, mas fiquei com medo de não ter mais como me relacionar. Há quem diga que este é o dilema do mundo moderno, globalizado. Para mim, na verdade, esse sempre foi o dilema do mundo, só as ferramentas é que mudaram, ou será que nossos antepassados também não tinham táticas para chamar atenção? se sentirem importantes, amados por alguém?
Pode ser loucura minha, mas cada vez eu me sinto mais sozinha no meio de tanta gente. É como se eu falasse, mas não tivesse voz porque todos estão falando, mas cada um fala para si mesmo. Acabo chegando na conclusão de que estamos todos juntos em nossa solidão coletiva.